Gestão do Iapen consegue neutralizar comandos criminosos de dentro da prisão

 

Matheus Ferreira
Repórter

 

Há um período de 45 dias sem ordens diretas provenientes de dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) para a prática de crimes nas ruas de Macapá, em outros locais do estado ou até mesmo fora dele. A informação foi divulgada na manhã deste sábado, 30, pelo diretor adjunto do presídio, Cezar Delmontes.

 

 

A tranquilidade em relação à falta de comunicação entre os membros de facções dentro da penitenciária com o mundo exterior, devido à ausência de celulares, resultou no fato da direção do Iapen não ter recebido nenhuma informação, durante esse período de 45 dias, sobre atividades de grupos organizados para a prática de crimes.

 

Cezar Delmontes, um policial penal federal com 19 anos de experiência, vindo de Brasília, fez essa revelação durante uma entrevista no programa ‘Togas e Becas’ (Diário FM 90,9), na companhia do diretor-presidente do Iapen, o delegado da polícia civil Luiz Carlos Gomes Júnior.

 

 

Após a divulgação, o diretor Luiz Carlos afirmou que a interrupção das ordens provenientes de dentro do sistema prisional para a prática de crimes fora das instalações se deve à iniciativa de reprimir completamente o uso de celulares entre os presos e cessar a utilização desses aparelhos dentro da instituição, por qualquer indivíduo.

 

Cezar Delmontes apontou o celular como a principal ferramenta de geração de renda das facções criminosas, devido aos golpes cibernéticos. Ele destacou que o crescimento das facções está diretamente relacionado ao aumento das telecomunicações e que a integração nacional dos grupos de crime organizado ocorre através do uso do telefone.

 

 

O diretor Luiz Carlos Gomes Júnior enfatizou que atualmente é proibida a entrada de celulares na penitenciária para qualquer pessoa, com exceção de casos extremos e do uso de aparelhos institucionais, como os do próprio Iapen, da Ordem dos Advogados, da Defensoria Pública e da Execução Penal.

 

Na entrevista, os diretores do Iapen também abordaram outros temas, destacando que as medidas adotadas pela atual administração são comuns em todo o sistema prisional brasileiro, porém, no Amapá, por parecerem novas, estão gerando resistência e insatisfação.

 

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